Você sabia que dentro da Psicologia existe a possibilidade de se atuar no ambiente hospitalar? O Psicólogo é um profissional muito importante neste espaço para contribuir no acompanhamento de pacientes e familiares! Neste post, a professora do curso de psicologia Maria Tereza Brandi explica como funciona essa atuação.
A psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento. Ela se constrói a cada dia em sua prática, e como técnica; possibilitar o surgimento da palavra naquele que sofre, isto é, amenizar o sofrimento e auxiliar no campo preventivo. Nesse sentido, é um trabalho que lida diretamente com a subjetividade do outro e que necessita largamente de um compromisso ético com a condição humana.
Aqui em Viçosa, nos dois hospitais, temos a presença deste profissional, sendo que o Ministério da Saúde determina a sua presença nos serviços de Oncologia, CTI e Hemodiálise. Mesmo a presença do psicólogo não sendo obrigatória, muitos hospitais dispõem deste profissional com o intuito de prestar um suporte, tanto para o paciente, quanto para a família. Sendo uma possibilidade de auxílio da melhor forma da doença.
Os Psicólogos podem atuar em atendimentos psicoterapêuticos, psicoterapia de grupo, atendimentos em ambulatórios, enfermarias, UTI, avaliação diagnóstica, e atuação com a equipe multidisciplinar. Podemos também desenvolver um trabalho com a família pois muitas vezes estão desolados, inconformados com a situação e nós profissionais podemos ajudá-los a superar esta situação proporcionando um lugar de escuta onde possam falar de suas angústias.
Sendo que mais o psicólogo pode atuar em muitos setores no hospital; além dos atendimentos a famílias e pacientes internados, podemos dar suporte a equipe e fazer grupos educativos para determinadas especialidades dependendo da demanda do hospital. (ex: diabetes, hipertensão etc.).
Outras demandas:
●Cirurgias: Suporte ou atendimento a pacientes que são submetidos a cirurgias especialmente as de alta complexidade (cardíaca, oncológica, neurológica). O atendimento pode ocorrer antes, durante a recuperação e após a cirurgia. Oferecer algumas orientações evita que os pacientes construam mitos ou fantasias em torno dos procedimentos.
●Puerpério ou pós-parto: os primeiros dias após o parto são carregados de emoções. As primeiras vinte e quatro horas constituem um período de recuperação do cansaço com o trabalho de parto. Com a questão emocional agregada à física, dão à mãe uma debilidade que pode se caracterizar através da alternância de humor, saindo do estado eufórico, pelo nascimento do bebê, para uma depressão, por se preocupar com os cuidados com ele. O suporte psicológico é de vital importância quando se percebe uma desorganizada emocionalmente na genitora com a nascimento do bebê.
●Criança hospitalizada: Na internação infantil, a psicologia deve atuar orientando os profissionais e familiares para que saibam que não se deve tratar somente a doença na criança, mas vê-la como um todo, com suas necessidades específicas, como o brincar. Este brincar também é uma forma eficaz de diminuir o estresse, pois a deixa livre em sua criatividade para reinventa o mundo, explorando seus limites, liberando sua afetividade e extravasando suas emoções.
Para finalizar gostaria de dizer que o principal objetivo da psicologia hospitalar é a subjetividade, pois enquanto sujeitos todos nós temos nossas marcas, nossas histórias e nosso passado. E a maneira como cada um irá enfrentar seu adoecer é única, isto devido a sua subjetividade. E é a partir daí que poderemos escutar o sujeito adoentado falar de si, da doença, da vida ou da morte, do que pensa, do que sente, do que teme, do que deseja, do que ele quiser falar.
É importante compreender ainda, que a psicologia hospitalar não deve, se colocar no contexto hospitalar como uma força solitária. Deve, acima de tudo, colaborar promover a humanização e a transformação social no ambiente hospitalar, sem ficar preso somente as teorizações que isolam os conflitos mais amplos. É pelas palavras que o psicólogo faz seu trabalho de tratar os aspectos psicológicos em torno do adoecimento.
Psicologia não é medicina, na cena hospitalar as duas se aproximam bastante, articulam-se coexistem, tratam do mesmo paciente, mas não se confundem, já que possuem objetos, métodos e propósitos diferentes: a filosofia da medicina é curar doenças e salvar vidas, enquanto que a filosofia da psicologia hospitalar é reposicionar o sujeito em relação a sua doença.
Enquanto a medicina visa curar a patologia, a psicologia hospitalar buscar ressignificar a posição do sujeito frente à doença. Sua atuação não abrange somente a hospitalização em si, no que tange a patologia, mas, sobretudo, as sequelas e consequências emocionais decorrentes do adoecimento.
O psicólogo hospitalar deve oferecer aos pacientes e aos acompanhantes/familiares uma breve, mas, eficaz oportunidade para falarem sobre seus medos, conflitos e angústia, promovendo deste modo, quando aceitável um alívio e um conforto. Nessa perspectiva o psicólogo atua de modo preventivo evitando o agravamento do problema.
Fonte: http://psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-crianca-e-o-processo-de-hospitalizacao
Fonte: http://psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-psicologia-hospitalar
Fonte: http://psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-crianca-e-o-processo-de-hospitalizacao
Por Maria Tereza Brandi – especialista em Psicologia Hospitalar, mestre em Saúde e professora do curso de Psicologia da Univiçosa.
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