Por Ângela Barbosa Franco: Professora dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Direito. É doutora em Ciências Jurídicas Privatísticas na Universidade do Minho/Portugal. Mestre em Direito.
As facilidades tecnológicas de comunicação ensejam uma evasão no local e no tempo de trabalho de maneira tão natural e imediata que a desconexão do trabalho se encontra cada vez mais diminuta ou até inexistente.
Checar as redes sociais, e-mails, WhatsApp, WeChat e outras mídias, para executar atividades relacionadas ao trabalho faz parte da rotina das pessoas, ainda que estejam fora do horário a ser dedicado para o labor.
A “servidão voluntária” ou, nos moldes do mundo digital, a “escravatura do homo connectus” é uma realidade fácil de ser notada. A concorrência cultiva a ideia do imediatismo. Destaca-se o trabalhador que está sempre disponível e comprometido para a empresa, que sacrifica sua vida pessoal em favor da profissional. A dependência tecnológica, especialmente entre os jovens trabalhadores, torna a internet uma poderosa fonte de disciplina ou produtividade e provoca um tipo de “escravatura contemporânea”.
Nesse cenário, mais fragilizadas se encontram as pessoas que laboram para as plataformas virtuais ou prestam serviços remotamente e sequer são consideradas empregadas. Perante uma globalização que impõe a adaptação de fusos horários, o trabalhador precisa, praticamente, esquecer suas necessidades como ser humano para se tornar onipresente ou uma espécie de robô, já que para auferir renda precisa se manter constantemente conectado e disponível. Seu pagamento está condicionado à execução ou conclusão de tarefas. Sendo assim, recebe apenas pelo tempo efetivamente laborado.
A demarcação de um tempo razoável para o trabalho é fundamental para a proteção da saúde do trabalhador e do seu equilíbrio físico e psíquico. A contenção do número de horas à disposição do trabalho é o que garante a autodisponibilidade da pessoa do trabalhador e permite o gozo de períodos de repouso, o convívio familiar, social, político, bem como satisfações pessoais. O tempo de desconexão do trabalhador da vida laboral não pode se reduzir aos períodos indispensáveis de sono reparador. A harmonização entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar é fundamental para todo ser humano. Ademais, o respeito ao limite constitucional de oito horas laboradas diariamente, não é somente um meio para ofertar segurança e saúde no trabalho, mas uma forma efetiva de garantir a qualidade do próprio trabalho e o direito de desconexão.
Ah! E se você quer se tornar um Administrador, não pode deixar de conferir tudo que o Curso de Administração da UNIVIÇOSA tem para te oferecer. Clica aqui e venha conhecer nosso site! Também não deixe de nos seguir no Instagram, tem sempre novidades interessantes por lá. Você também pode aprender mais com outros posts relacionados a seguir!
O “salário” que todo sócio quer ter
O Administrador e seus papéis gerenciais
O Perfil do Profissional de Administração
5 motivos para estudar Administração na UNIVIÇOSA
Funções administrativas: pilares importantes que todos aspirantes à Administração precisam conhecer
Saiba tudo sobre o curso de Administração!