Conheça os fatores de risco para o desenvolvimento de incontinência urinária e incontinência fecal no pós-parto de longo prazo.
Uma revisão recente cujos autores foram fisioterapeutas, elencaram uma série de fatores de riscos que podem desencadear a incontinência urinária (IU) e a incontinência fecal (IF) no pós-parto de 18 meses até 10 anos.
Os autores concluíram que, as gestantes que apresentarem os fatores descritos abaixo, possuem grandes chances de desenvolverem IU no pós-parto de longo prazo:
- IU durante a gestação;
- Parto vaginal instrumentado (uso do fórceps);
- Episiotomia;
- Laceração perineal durante o parto (o estudo não deixou claro o grau de laceração que entra como fator de risco, mas comentaram algo em torno de laceração grau moderado a severo – II ou III);
- Presença de constipação intestinal.
Já as gestantes que apresentarem os fatores listados a seguir, possuem grandes chances de desenvolverem IF no pós-parto de 18 meses a 10 anos:
- IF durante a gestação;
- Idade materna maior que 35 anos;
- IMC pré-natal maior que 30 (obesidade pré-natal);
- Parto vaginal instrumentado (fórceps);
- Peso do RN maior que 4kg;
- Uso da ocitocina para induzir o parto;
- Parto vaginal espontâneo.
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Além disso, o estudo evidenciou que o parto cesariano, não funcionou como fator protetor para IF e nem para prolapso genital, bem como não previne disfunções do AP. Por outro lado, ele também destacou que parto vaginal não é fator de risco para IU.
Do ponto de vista da fisioterapia, é importante dizer que, diante desse estudo, temos muito trabalho a fazer no período gestacional. Dentre todos os fatores de riscos citados, temos os fatores considerados mutáveis, e que, justamente por serem passíveis de mudança, podemos atuar em cima deles, como a presença de constipação intestinal, que pode ser controlada a partir de alimentação e atividade física, da mesma forma, a obesidade pré-natal, que pode ser controlada com essas mesmas intervenções, e em ambas, também podemos recorrer ao encaminhamento para o nutricionista.
Os demais fatores, apesar de serem considerados imutáveis, ainda é possível atuarmos em cima de alguns, como a IU e IF gestacional, que são tratáveis com a fisioterapia pélvica, e, ainda, a importância de um acompanhamento gestacional com a fisioterapia pélvica a fim de fortalecer e preparar o AP para o parto, assim, caso a gestante venha a precisar de um parto instrumentado, de uma episiotomia, ou se o feto vir a pesar 4 kg ou mais, um AP bem preparado pode passar por essas situações com mais tranquilidade, favorecendo a recuperação e diminuindo as chances do desenvolvimento de IU e IF no pós parto.
*Texto: Profa. Andréia Kely R.C. de Almeida.
Aluna: Lílian Rocha de Sousa.
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Referência: HAGE‐FRANSEN, Monique A. H. et al. Pregnancy‐ and obstetric‐related risk factors for urinary incontinence, fecal incontinence, or pelvic organ prolapse later in life: a systematic review and meta⠰analysis. Acta Obstetricia Et Gynecologica Scandinavica, [S.L.], v. 100, n. 3, p. 373-382, 2 nov. 2020. Wiley.