Você sabia que a Força Expedicionária Brasileira – FEB enviou para a guerra não só soldados, como também enfermeiras?
A comprovação desses fatos históricos para a enfermagem brasileira estão registrados em documentários, como as “ENFERMEIRAS BRASILEIRAS NA 2ª GUERRA MUNDIAL”, de Margarida Maria Rocha Bernades, e em pesquisas como o estudo histórico e social publicado na revista da Escola de Enfermagem da USP, intitulada “As enfermeiras da força expedicionária brasileira no front italiano”, das autoras professoras e enfermeiras Margarida Maria Rocha Bernardes (a mesma do documentário) e Gertrudes Teixeira.
As autoras analisaram a proximidade das Enfermeiras do Exército na Força Expedicionária Brasileira – FEB, junto às autoridades que detinham o poder dos comandos dos exércitos estadunidense e brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1942, ao tornar-se um dos países aliados no conflito da 2ª Guerra Mundial, o Brasil criou uma força militar diferenciada e especial, a FEB.
Na oportunidade, por imposição estadunidense, foram convocadas enfermeiras brasileiras voluntárias, com formação profissional diferenciada.
Após serem selecionadas, as enfermeiras se juntaram às tropas brasileiras da FEB e a Força Aérea Brasileira (seis do Grupo de Caça Aéreo da FAB), rumo à Itália. Por lá, serviram em quatro diferentes hospitais de campanha do exército estadunidense montados em Nápoles, Valdibura, Pisa, Pistoia e Livorno. Tornaram-se as primeiras mulheres a ingressar no serviço ativo na história das Forças Armadas no país.
Os requisitos não eram simples. Para inscrever-se, a jovem devia ser brasileira nata, solteira ou viúva, sem filhos, e ter entre 20 e 40 anos. Era preciso apresentar diploma de enfermeira ou certificado de curso de samaritana, voluntária socorrista ou declaração de um estabelecimento de saúde atestando o exercício da função de enfermeira.
Após a seleção, as enfermeiras, participaram em caráter obrigatório do Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE), ministrado pela Diretoria de Saúde do Exército, cujo objetivo era formar o Quadro de Enfermagem (QEERE). Este curso comportou três módulos distintos: parte teórica, preparação física e instrução militar.
Tal curso, possibilitou que as candidatas incorporassem o habitus militar, contribuindo para a padronização do comportamento dessas enfermeiras no Teatro de Operações (T.O.) na Itália.
Essa força de trabalho criada, organizada e preparada no Brasil, seguiu para a 2ª Guerra Mundial, com o propósito de potencializar o recurso humano de Enfermagem dos países aliados, que atuava nos hospitais de campanha.
Neste contexto histórico marcante para a humanidade, as enfermeiras ousaram e entraram para o Exército Brasileiro, seguindo para o conflito mundial, inseridas na FEB, comandada pelo General João Batista Mascarenhas de Moraes.
Nesta Força, foram para a Itália cento e oitenta e seis profissionais de saúde, entre eles, sessenta e sete enfermeiras do Exército, sendo sessenta e uma enfermeiras hospitalares e seis especializadas em transporte aéreo.
Após analise as autoras concluem que as enfermeiras ganharam uma batalha, sendo respeitadas num mundo novo e desconhecido, no universo das Forças Armadas, historicamente dominado por homens.
Integrando uma equipe, aquelas enfermeiras lutaram por auto-afirmação e respeito naquele momento histórico peculiar.
Confira o documentário “Enfermeiras brasileiras na 2ª Guerra Mundial”:
Confira o artigo completo em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/jRSXyJXkFKnNw4kGYHcqT7N/?lang=pt
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