A pandemia da COVID-19 impactou não só a área da saúde, mas também outras áreas e a economia do país. Com medidas restritivas do Governo para reduzir a taxa de transmissão do vírus, muitas empresas (comércio, indústria, prestação de serviços, dentre outros) sofreram com o fechamento de suas atividades por um período e isso impactou diretamente nas finanças, pois o caixa não supria as necessidades operacionais. Em razão disso, algumas empresas fecharam as portas e outras tiveram que demitir seus funcionários para tentar superar essa fase. De acordo com os dados do IBGE, a taxa média anual de desemprego divulgado em 26/02/2021 foi de 13,5%, a maior da série histórica. E tudo isso impactou diretamente no endividamento.
Com o fechamento de algumas empresas, a perda do emprego e às vezes sem fonte direta de renda, alguns cidadãos passaram a utilizar outras fontes onerosas de créditos, tais como: empréstimos, financiamentos, créditos bancários, etc., para conseguir pagar suas dívidas e/ou até mesmo trabalhar por conta própria (Informal, ou Não Informal) aumentando suas dívidas num momento de incertezas. Segundo Alexandro Martello (G1), dados divulgados pelo Banco Central mostram que o endividamento das famílias com os bancos atingiu 51% da renda acumulada nos doze meses anteriores — novo recorde da série histórica, que tem início em janeiro de 2005. Todas as dívidas com os bancos entram no cálculo, incluindo crédito para a compra da casa própria.
E aí? Diante de tantos acontecimentos que impactaram a economia de vários países, o que pode ser feito para controlar o endividamento? Um ponto importante que deve ser seguido sempre em momentos de crise financeira é elaborar o Planejamento Financeiro, e isso vale para pessoas e empresas. Conhecer a real situação financeira, contribui para a tomada de decisão. Identificar todos os gastos mensais, parcelamentos, alimentação, combustível, água, luz, telefone, aluguel, custos fixos e todos os gastos, inclusive os considerados supérfluos e também conhecer a fonte de receita. Para finalizar, outras dicas de controle podem ser citadas como: Controlar gastos diariamente, cortar gastos supérfluos, complementar a fonte de renda (se possível), renegociar dívidas e prazos já existentes. Com o planejamento financeiro, é possível reduzir e equilibrar o endividamento e evitar inadimplências.
*Por: Ana Claudia – Aluna do curso de Administração da UNIVIÇOSA.