Segundo a pesquisa intitulada “A hora certa de ativar o shopper”, realizada anualmente pela Nielsen, 70% das nossas decisões de compra são tomadas no ato; sem nenhuma reflexão prévia sequer. Isso indica que, na maioria das vezes, as nossas decisões são emocionais e realizadas no piloto automático.
Portanto, como os nossos hábitos orientam os nossos comportamentos e consequências financeiras, a inteligência e consciência do nosso dinheiro se torna imprescindível. Principalmente quando nos deparamos com grandes vilões…
Mas o que é inteligência financeira e como ela se relaciona com as finanças comportamentais?
Resumidamente, inteligência financeira é quando você consegue ter domínio e controle sobre os seus ganhos, gastos e dinheiro; gerindo-os de maneira mais assertiva e consciente.
Ao desenvolver a inteligência financeira, novas habilidades são desenvolvidas: gerir cada centavo do que ganha, direcionar o dinheiro para as despesas fixas, poupar o que for possível e não agir de forma meramente emocional. Isto mostra que as compras precisam ser devidamente pensadas e calculadas.
É a partir deste ponto que a relação com as finanças comportamentais passa a ser melhor compreendida: o comportamento humano e as motivações de cada um influenciam diretamente em nossas tomadas de decisões financeiras.
Como driblar os maiores vilões?
Certamente, quando tomamos a decisão de que mudaremos hábitos para que tenhamos uma vida financeira mais saudável e sustentável, não estamos falando de decisões fáceis: é preciso engajamento, controle e revisões constantes do seu estilo de vida e gastos atuais.
Portanto, quando passamos a entender mais sobre independência financeira, eficácia da proteção do dinheiro, possíveis investimentos e o real significado do dinheiro em nossas vidas, as decisões se tornam libertadoras e mais do que necessárias.
Contudo, há vilões perigosos neste caminho de desenvolvimento e amadurecimento:
• Contabilidade Mental
Falemos de um exemplo prático para explicar sobre este conceito: muitas vezes, quando decidimos comprar algo, o nosso cérebro faz uma análise totalmente superficial dos gastos que o novo produto irá nos gerar. Consideremos que estejamos em pleno inverno e você sinta a necessidade de adquirir um aquecedor. Claramente, ele irá proporcionar mais conforto porque você ficará mais quentinho. Contudo, e os gastos “indiretos” vinculados a ele? Conta de luz mais alta e manutenção, por exemplo.
- Comportamento de Rebanho
Falemos de um exemplo prático para explicar sobre este conceito: quantas vezes você já comprou algo porque o seu amigo falou que é bom, porque é o produto do momento ou porque estamos nos aproximando de alguma data comemorativa? Consideremos que estejamos vivendo o ápice da Era Tecnológica, com o lançamento de inovações e avanços a todo momento. Nem sempre poderemos adquirir ou fazer este débito com produtos almejados por muitas pessoas. E, convenhamos: é melhor pensar muito bem antes de agir para que as despesas do pós-compra (explicado no item anterior) não tragam prejuízos enormes.
Por fim, ao desenvolver a sua inteligência emocional e ser mais consciente frente às decisões que toma no ato da compra e em sua vida financeira, é preciso considerar a sua realidade, o seu estilo de vida e as suas prioridades. Drible bem os estímulos emocionais e pense no pós-compra: vale a pena?