Nesta segunda-feira (04), o Departamento de Estatística da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgou resultados importantes sobre o pico de contágio do novo coronavírus. De acordo com o cruzamento de dados coletados pela equipe diariamente, em conjunto com informações do Ministério da Saúde, o pico de casos da COVID-19 no Brasil terá seu início no dia 18 de maio, se estendendo à 1º de junho. Neste período, o número de infectados no país atingirá, possivelmente, um total de mais de 500 mil pessoas acometidas pela doença. A probabilidade de exatidão da pesquisa é de 95%.
É importante compreender que, em decorrência da atualização diária dos dados, a data do pico ou o número de casos podem sofrer alterações. O que acorre é que as previsões são sempre baseadas na manutenção das condições no dia em que a previsão foi feita, incluindo as condições de isolamento. Mudanças no cenário atual podem causar mudanças nos resultados obtidos.
Em um primeiro momento, estimava-se que o pico dos casos de coronavírus no país ocorresse entre abril e maio. Mas por que essa mudança? A principal explicação para a alteração é a eficácia das medidas de isolamento social.
Vale ressaltar que os meses de maio e junho têm um fator extra para aumentar a preocupação das autoridades de saúde. É nesse período que há maior incidência de casos de doença respiratória em geral.
O pico epidêmico varia de país para país e de estado para estado. Ele é calculado a partir dos seguintes fatores:
- População total do local analisado
- Número de casos confirmados até aquele momento
- Média de novos casos diários
- Total de pessoas que se encaixam em grupos de risco
- Total de pessoas que podem ser expostas ao vírus
- Total de pessoas que podem transmitir o vírus
- Total de pessoas que são imunes ao vírus
- Total de pessoas que foram infectadas mas se recuperaram até aquele momento
- Tempo entre a infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas
- Tempo no qual o infectado consegue transmitir o vírus para outras pessoas
Todas essas variáveis são relacionadas em um modelo matemático cujo resultado permite que os pesquisadores saibam como a curva de novos casos deve se comportar ao longo do tempo.
Acompanhe o Boletim atualizado da Organização Mundial da Saúde (OMS) na última segunda-feira (04), contendo os casos ao redor do mundo
Mundo
3.435.894 confirmados (86.108 novos em relação ao dia anterior)
239.604 mortes (976 novas em relação ao dia anterior)
Região Europeia
1.544.145 casos confirmados (25.250 novos em relação ao dia anterior)
143.987 mortes (1.320 novas em relação ao dia anterior)
Região das Américas
1.433.756 casos confirmados (49.115 novos em relação ao dia anterior)
77.827 mortes (582 a menos do que no dia anterior)
Região do Mediterrâneo Oriental
206.299 casos confirmados (5.690 novos em relação ao dia anterior)
7.971 mortes (100 novas em relação ao dia anterior)
Região do Pacífico Ocidental
152.773 casos confirmados (1.329 novos em relação ao dia anterior)
6.258 mortes (29 novas em relação ao dia anterior)
Região do Sudeste Asiático
67.673 casos confirmados (3.626 novos em relação ao dia anterior)
2.463 mortes (88 novas em relação ao dia anterior)
Região Africana
30.536 casos confirmados (1.098 novos em relação ao dia anterior)
1.085 mortes (21 novas em relação ao dia anterior)
O Brasil confirmou 105.222 casos e 7.288 mortes pela doença até a tarde do dia 4 de maio de 2020 (após o fechamento do boletim da OMS nº 105). O Brasil registrou, até esta segunda-feira, 42.991 pessoas recuperadas da covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. O número foi divulgado sem detalhamento por estado. O país tem ainda 51.131 pessoas em acompanhamento médico e 1.364 óbitos em investigação.
Veja os dados por país no relatório de situação da OMS nº 105