Por Arq. Gerusa Ribeiro Borges Coelho*
Projetos paisagísticos podem tornar nossas cidades mais humanas ao utilizar os elementos do meio natural para harmonizar as relações de proporção e escala entre edificações e usuários, integrar os elementos construídos e o entorno, criar visuais, valorizar pontos focais e perspectivas, bem como, criar lugares que convidam a permanência e a convivência.
Mas como dominar o processo de criação da paisagem sem conhecer de maneira profunda questões técnicas sobre a botânica ou mesmo os nomes científico ou popular de espécies vegetais?
Esse caminho vamos percorrer na disciplina ARQ 121 do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVIÇOSA, utilizando ferramentas, descobrindo estratégias e discutindo teorias durante as diversas etapas de projeto paisagístico.
O paisagismo é a única expressão artística em que participam os cinco sentidos do ser humano, diz o mestre Arq. Benedito Abbud, pois envolve além da visão, o olfato, a audição, o paladar e o tato mediante uma rica vivência sensorial. Quanto mais um projeto paisagístico aguça nossos sentidos, melhor cumpre o seu papel.
Cores, formas, sabores e odores são os componentes básicos do projeto paisagístico que associados aos elementos dinâmicos como o ar, a água, o fogo, a terra, a flora, a fauna e o tempo, são capazes de transformar o espaço físico.
A arquitetura da paisagem enquanto projeto técnico passa por diferentes etapas que se iniciam conhecendo o cliente e suas vontades e necessidades, coleta de dados físicos, análise da topografia, do entorno e das vistas, passando pelo tipo de solo, as espécies vegetais recomendadas, todas as etapas do projeto, aspectos técnicos relacionados a irrigação e finalizado com a orientação sobre a manutenção do espaço criado.
O projeto paisagístico deve fazer com que os percursos sejam marcados por prazerosas descobertas, modelando a paisagem por meio de volumes vegetais constituídos basicamente por estratos arbóreos, arbustivos e de forração, trazendo cores, perfumes e sabores atraindo os olhares do observador.
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Não se trata de criar espaços de beleza, aliás um conceito muito subjetivo e individualizado, mas sim criar oportunidades de encontros, enfatizando os pontos positivos do local, melhorando os aspectos negativos da paisagem, criando vazios interessantes, trabalhando com a volumetria da vegetação e todo o potencial das espécies vegetais, aguçando os cinco sentidos e a memória do usuário.
Quem não se lembra da casa da avó ao sentir o perfume da “dama da noite” ou do “jasmim do imperador”? Ou acordar com os pássaros como trilha sonora do jardim ou colher folhas de “capim limão” para aquele gostoso chá com bolo de fubá? Assim, com os projetos paisagísticos, temos a oportunidade de criar lugares repletos de identidade e significados.
Em 2022 nosso encontro está marcado. Juntos faremos da arquitetura da paisagem uma oportunidade de projetar espaços vivos, mutáveis e inesquecíveis.
*Por Arq. Gerusa Ribeiro Borges Coelho – Arquiteta e Urbanista pela UFSC 1996. Mestre em Eng. Civil pela UFV 2010. Trabalhou no Iplam Viçosa de 2010 a 2020.
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