Considerada atualmente um problema de saúde pública, a alergia alimentar está relacionada a uma resposta exagerada do sistema imunológico após o contato ou a ingestão de determinado(s) alimento(s). Acredita-se que qualquer alimentos possa causar alergias contudo, os principais alérgenos alimentares são o ovo, o leite, o amendoim, a soja, o trigo, as oleaginosas, os peixes e os crustáceos (camarão, caranguejo e lagosta). Até o momento, já foram definidos mais de 170 alérgenos alimentares.
O que é reação adversa a alimentos? É qualquer reação indesejável que ocorre após ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. Essas reações podem ser tóxicas e não-tóxicas. As não-tóxicas podem ser de intolerância ou hipersensibilidade.
As reações clínicas às alergias alimentares são variadas, podendo ocorrer urticária, angioedema, dermatite atópica, e sintomas gastrintestinais (diarréia, dor abdominal, refluxo, vômito). Sintomas respiratórios acontecem e indicam manifestação mais grave, geralmente fazendo parte da reação anafilática, um quadro emergencial com risco de morte.
As reações de hipersensibilidade aos alimentos são classificadas em:
– Mediadas por IgE – quando envolve resposta imunológica que, em geral, é imediata, ocorrendo em minutos ou horas após a ingestão do alimento;
– Reações mistas – mediadas por IgE,associados à participação de linfócitos T e de citocinas pro-inflamatórias;
– Não-mediadas por IgE – quando envolve reações imunológicas mediadas por células T e, nesse caso, os sintomas podem aparecer horas ou dias após a ingestão do alimento.
Existe algum meio de prevenir a alergia alimentar? Infelizmente não. No entanto, atualmente a exposição oportuna dos pacientes aos principais alérgenos no momento da introdução de alimentação complementar aos seis meses parece proteger das alergias alimentares.
Uma vez estabelecido o diagnóstico de alergia alimentar, não há tratamento específico para a doença e sim, o manejo de hábitos alimentares. A única terapia comprovadamente eficaz é a exclusão dietética do alérgeno causador da alergia.
A base do tratamento da alergia alimentar é essencialmente nutricional e está apoiada sob dois grandes pilares: (a) a exclusão dos alergénos alimentares responsáveis pela reação alérgica com substituição apropriada, (b) a utilização de formulas ou dietas hipoalergênicas, em lactentes, em situações de APLV.
Nesse caso, o acompanhamento nutricional é fundamental para prevenir o comprometimento do estado nutricional e carências nutricionais específicas.
8 dicas para se preparar para uma entrevista de estágio!
10 curiosidades sobre a carreira em Nutrição
Cuide se seu corpo: relação entre obesidade e COVID-19
7 dicas para melhorar o seu sono!
Guia de organização: dicas para deixar seu ambiente de estudos mais produtivo!
6 dicas simples de como fazer um MAPA MENTAL e mandar bem nos estudos
Fontes:
Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 – Parte 2 – Solé D et al. Arq Asma Alerg Imunol – Vol. 2. N° 1, 2018 59 ou dietas hipoalergenicas, em lactentes, em situacoes de APLV
Solê, et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 – Parte 1 – Etiopatogenia, clínica e diagnóstico.Arq Asma Alerg Imunol., v.2, n.1, p.7-38, 2018. Disponível em: < http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=851>. Acesso em: 24 abr. 2021.
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.
Excelente conteúdo! Gostaria de deixar uma leitura complementar sobre alergia alimentar, caso queira saber um pouco mais: https://planodesaude.net.br/blog/alergia-a-alguma-comida/
Obrigado por sua mensagem, aproveite os vários conteúdos deste blog 😀